sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O campo de atuação da filosofia é abrangente.Ela não se restringe apenas a área da docência ,como comumente se pode supor .Quem opta por atuar na área da filosofia, pode escolher trabalhar tanto em sala de aula quanto fora dela.O profissional formado na área de filosofia , pode trabalhar de maneira a contribuir com a sociedade no qual está inserido.A formação filosófica proporciona ,ao acadêmico ,diferentes experiências ,faz com que a pessoa amplie sua visão de mundo ,podendo ser capaz de dar um enfoque diferente aos problemas cotidianos , trabalhando um mesmo objeto de varias maneiras apenas calcado,muitas vezes em sua criatividade , sendo capaz de angariar patrocínios para a execução de projetos, sejam eles pesquisas cientificas, documentários e até projetos sociais,como cursos que se destinam a formação profissional de uma comunidade carente,por exemplo.Alguns sites de órgãos que financiam projetos:

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO:Como encontrar? http://www.frm.org.br// Como entrar? O projeto deve ser submetido a um exame antes da aprovação.Quais temas financia? Meio ambiente, educação, cultura e sociedade.Quais tipos de produção financia? Produção de cunho social.O que solicita? A instituição pede que o projeto seja acompanhado por um técnico especializado.Qual o produto que exige? Projetos relacionados ás áreas da cultura, educação e meio social.Dúvidas, acessar o site. http://www.frm.org.br/.


BANCO DO BRASIL:Como encontrar? http://www.bb.com.br/ Como entrar? Submissão de projeto a critérios próprios de avaliação da instituição.Quais temas financia? Visam temas sociais e culturais, que possibilitem o ingresso dos indivíduos na sociedade.Quais tipos de produção financia? Projetos de engajamento social.O que solicita? Critérios e avaliação própria da empresa.Qual o produto que exige? O projeto contemplado deve estar de acordo com os temas propostos pela empresa.Dúvidas, acessar o site.
O campo de atuação da filosofia é abrangente.Ela não se restringe apenas a área da docência ,como comumente se pode supor .Quem opta por atuar na área da filosofia, pode escolher trabalhar tanto em sala de aula quanto fora dela.O profissional formado na área de filosofia , pode trabalhar de maneira a contribuir com a sociedade no qual está inserido.A formação filosófica proporciona ,ao acadêmico ,diferentes experiências ,faz com que a pessoa amplie sua visão de mundo ,podendo ser capaz de dar um enfoque diferente aos problemas cotidianos , trabalhando um mesmo objeto de varias maneiras apenas calcado,muitas vezes em sua criatividade , sendo capaz de angariar patrocínios para a execução de projetos, sejam eles pesquisas cientificas, documentários e até projetos sociais,como cursos que se destinam a formação profissional de uma comunidade carente,por exemplo.Alguns sites de órgãos que financiam projetos:A CNPQ ,que significa Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico , é um órgão do governo que apóia as atividades de pesquisa cientificas ,tecnológicas e de inovação em todas as áreas do conhecimento.O endereço para maiores informações é: http://agenciact.mct.gov.br/index.php?action=/content/view&cod_objeto=48434action=/content/view&cod_objeto=48434.

BANCO SANTANDER FINANCIA PROJETOShttp://www.santander.com.br/Como enviar um projetoAo entrar no site do Santander, na barra inferior, você encontrará alguns itens como: institucional, relação com investidores, responsabilidade social, imprensa, fale conosco. Pois bem, quando clicar no item “responsabilidade social”, abrirá uma janela contendo várias informações (que estão descritas abaixo) e principalmente, no lado direito da tela terá um quando escrito Parceiros em ação, ao clicar você encontrará informações pra enviar o seu projeto, formulário de inscrição, critérios de análise e seleção de projetos.Área de atuação: Assistência Social, Cultura e Artes, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Saúde.

A seguir há o endereço de alguns sites de bancos, que basicamente tem a mesma linha de pesquisa e admissão de projetos.HSBC: Como encontrar? http://www.hsbc.com.br/Como entrar? Submissão de projeto a critérios próprios de avaliação da instituição.Quais temas financia? Visam temas sociais, que possibilitem o ingresso dos indivíduos na sociedade.Quais tipos de produção financia? Projetos de engajamento socialO que solicita? Critérios e avaliação própria da empresa.Qual o produto que exige? O projeto contemplado deve estar de acordo com os temas propostos pela empresa.Dúvidas, acessar o site.


ITAÚ: Como encontrar? http://www.itau.com.br/Como entrar? Submissão de projeto a critérios próprios de avaliação da instituição.Quais temas financia? Visam temas sociais, que possibilitem o ingresso dos indivíduos na sociedade.Quais tipos de produção financia? Projetos de engajamento social.O que solicita? Critérios e avaliação própria da empresa.Qual o produto que exige? O projeto contemplado deve estar de acordo com os temas propostos pela empresa.Dúvidas, acessar o site.

GIFE
http://www.gife.org.br/
O GIFE tem sua se localizada no bairro Jd. América, em São Paulo (SP), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2413, 1º andar. O CEP é 01452-000.

O GIFE se destaca por ser a primeira associação da América do Sul a reunir empresas, institutos e fundações de origem privada ou instituídos que fazem investimento social privado (repasse de recursos privados para fins públicos atrav´s de projetos sociais, culturais e ambientais, de forma planejada, monitorada e sistemática) contribuindo para que seus associados desenvolvam, de forma eficaz e seus projetos e atividades, subsidiando-os com informações qualificadas. Oferece capacitação por meio de oficinas, cursos, encontros com especialistas do Brasil e também de outros países, proporcionando, desta forma, espaço para troca experiências, estimulando parcerias na área social entre o setor privado, o Estado e a sociedade civil organizada.


O GIFE não apóia projetos com recursos financeiros, técnicos ou humanos. Não tem uma equipe nem recursos suficientes para tanto. Quem faz o investimento de recursos em projetos são alguns dos associados do GIFE. Para maiores informações, visite a página dos associados.
O objetivo do GIFE É contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio do fortalecimento político-institucional e do apoio à atuação estratégica de institutos e fundações de origem empresarial e de outras entidades privadas que realizam investimento social voluntário e sistemático, voltado para o interesse público. Ajuda também com o apoio a pesquisas acadêmicas, disponibilizando no Centro de Referência Patricia Bildner diversos títulos sobre investimento social privado e terceiro setor. Apóia também a outras propostas, que são analisadas individualmente. A primeira maneira de entrar em contato com o GIFE deve ser feito pelo e-mail mailto:gife@gife.org.br

Livros didático ,qual escolher ?


LIVROS DIDATICOS...QUAL ESCOLHER?

Quem trabalha na area da filosofia é um ser critico .Na maioria das vezes o material didático utilizado pelas intituições de ensino são impostos pelo governo,que padroniza-os.Isso não significa,no entanto que como um bom questionador ,o docente que atua no campo filosófico não possa avaliar o material com o qual está trabalhando. Há a possibilidade do mesmo profissional elaborar seu próprio material e comercializá-lo.
No intuito de avaliar os materiais didáticos (nesse caso os livros)oferecidos aos professores ,nosso professor de prática profissional nos convidou a escolher alguns livros que serão avaliados pela nossa turma do 4º periodo de filosofia .
O livro a ser analisado por mim é:Um Outro Olhar .Publicado em1995 pela editora FTDCom autoria de Sonia Maria Ribeiro de Souza.(coordenadora do Programa de mestrado da UNIP e Doutora em Educação (pela USP).Tendo como colaborador:Antonio J. Severino.O tema abordado pela autora é a Filosofia vivenciada na prática ,”UM OUTRO OLHAR”,o exercício reflexivo.O Publico Alvo:Destinado aos estudantes do Ensino médio e o público em geral,tem porobjetivo básico de iniciar os alunos no exercício filosóficoComo o livro se organiza : Capa,contra-capa (onde há uma breve apresentação da autora),sumário ,introdução(com uma breve explicitação do tema.,contém 13 capítulos com um total de 248 páginas.No 1º capitulo ,a autora a define filosofia(descrita como uma matéria –prima a ser trabalhada) ,no 2º cap. define o que é o homem ,a partir disso ,no terceiro ela passa a falar sobre tudo aquilo que se constitui produto do homem.3º fala de mito ,religião e filosofia,4º ,a diferença entre senso em relação com a ciência ,5º sobre o conhecimento,o que este vem a ser ,6º,sobre a linguagem ,comunicação e pensamento ,6º o que é cultura,transmitida através da linguagem ,7º o que é o trabalho,resultado do fazer humano,8º o que é política ,resultado do poder humano ,9º o que é ética,os valores criados para a convivência harmoniosa entre os iguais.No 11º capitulo, sobre liberdade,no 12º sobre estética,a noção de belo .E no 13º sobre a tecnologia ,se ajuda ou atrapalha a vida humana e por fim: as considerações finais e as referências bibliográficas .Dentre os recursos utilizados pela autora podemos destacar :os ilustrativos :Figuras e fotos de obras clássicas (tanto em se tratando de musica ,quanto das obras plásticas )A linguagem: Podemos considerar que a linguagem utilizada pela autora é acessível aos alunos (porém é bom ressaltar o risco que a autora corre em acabar banalizando e vulgarizando os termos filosóficos.A capa é muito interessante .Simula uma lupa passando por uma imagem e a distorcendo.A imagem representa a realidade que é distorcida ,necessitando que o espectador lance um “olhar diferente” sobre ela para poder compreende-la.Também é utilizado pela autora quadros com contextos históricos de cada período,o que facilita a aprendizagem pois,o aluno pode relacionar as teorias defendidas pelos autores ,para cada tema proposto,ao seu contexto histórico.A autora expõe as varias formas de abordar a filosofia (sistematicamente,historicamente,por temática,de maneira textual) ,bem como os vários métodos didáticos –pedagógicos disponíveis para cada uma das abordagens.Entre as atividades de fixação propostas pela autora estão incluídos, desde simples questionários até exercícios complexos de reflexão.Os temas ,além de serem tratados sob a ótica dos principais pensadores da filosofia,são tratados a partir das experiências vivenciadas pelos alunos .Musicas populares,textos ,entre outros materiais conhecidos pelos alunos são utilizados para aproximar o aluno do tema estudado.Além disso ,textos extras são sugeridos para melhor compreensão do tema pelo aluno.O livro foi lançado em 1995, treze anos.Uma nova geração se formou desde que foi lançado .A geração atual certamente é diferente daquela que era o alvo da autora .Por isso é bom analisarmos se vale apena abordar os temas polêmicos da forma como é sugerido pelo livro.As referencias bibliográficas utilizadas pela autora para elaborar o livro vão dos autores clássicos ,passando pelos seus comentadores ,como Antonio J Severino ,que colaborou com a elaboração do livro,até nomes como João Paulo II(que tem uma carta sua utilizada para tratar do tema do trabalho) . Considero que o livro pode ser utilizado ,juntamente com outros livros mais recentes ,como já disse,o livro foi lançado há treze anos ,muita coisa acontece ,muitos conceitos se transformam com o passar do tempo .Em treze anos ,muitas descobertas são feitas,certas coisas se tornam obsoletas muito rapidamente . Por isso,talvez, o livro possa servir até mesmo para repensar a filosofia ministrada aos alunos dentro das instituições de ensino ,sejam elas publicas (onde se encontra publico atingido pelo livro) ou privadas .É necessário repensar o objetivo de ensinar o exercício da filosofia para os alunos de hoje.As atuais reivindicações da sociedade ,podem ser satisfeitas com o método utilizado, pelos professores, para preparar o “futuro cidadão”?.Com as mudanças ocorridas no decorrer desses treze anos ,pode-se trabalhar com os alunos de uma única forma .Será que é possível trabalhar ética da mesma forma por treze anos ? Talvez o livro esteja um pouco defasado .Se a uns treze anos atrás se discutia o “ficar “ entre os jovens (termo utilizado para explicar quando um casal trocava somente beijos, apenas em uma única noite ,sem prolongar o relacionamento),hoje o tema que mais se discute é o crescente número de adolescentes grávidas,se antes os adolescentes bebiam e fumavam mais tarde ,hoje eles entram para o mundo “adulto”,cada vez mais cedo.Diante dessa realidade de que maneira se deve trabalhar o exercício da filosofia .Uma obra ,nunca pode ser considerada pronta e acabada ,o que se considera como melhor livro hoje ,amanhã pode estar defasado,portanto encontrar o melhor método e material a ser trabalhado é um desafio do educador .A pesquisa , a criatividade e a intuição podem auxiliar quanto a maneira de abordar o tema e atingir os objetivos .

sábado, 30 de agosto de 2008

RELATÓRIO DO GRUPO.




Este trabalho, foi realizado na diosciplina Pratica Profissionalde pelo Professor Daniel no ano de 2008,foi pelo nosso grupo abordado o tema Linguagem. Este mesmo tema foi por nós apresentado a um RELATÓRIO DO GRUPOsituada no bairro do Boqueirão em Curitiba e contou com a presença de 7 adolescentes do grupo.
Nosso grupo foi bem recebido pelos adolescentes apesar de haver uma certa rejeição ao ouvirem o tema o qual iríamos abordar, todavia não houve maiores problemas. A apatia pelo que seria apresentado foi relatado pelo coordenador do grupo, Hugo Lemes, como normal a qualquer tema, discução ou assunto a ser tratado.
Todavia, os mesmos pareceram satisfeitos e até animados com as músicas e clipes do vídeo, um dos que mais lhes chamou atenção, foi o clipe da música Cálice de Caetano Veloso, feito no período da ditadura. Eles não conseguiam entender qual o sentido da música e porque este havia sido proibido no período ditatorial, a curiosidade levantou uma pequena discução e controversa sobe a justificativa apresentada pelo nosso grupo. Mas foi muito bom pois assim todos tiveram a oportunidade de falaram sob o que pensavam a respeito do efeito que uma música pode ter sob as pessoas e quais as conseqüências que esta pode trazer.
No demais foi muito difícil fazê-los falar, parece que tudo que o que lhes é apresentado é ao mesmo tempo aceito e rejeitado. Aceito porque eles apenas ouvem sem emitirem maiores comentários e rejeitado porque é visível a expressão que fazem com que diz “será? Tem certeza? Não sei se eu concordo”, mas quando lhes perguntamos o que acham ou o que pensam a respeito, raramente emitem mais do que um “não sei” ou “concordo com vocês”.
Quando a nossa amiga, Rosana Nascimento, falou à eles sob a técnica dos sofistas de utilizar do que fora dito pela pessoa para distorcê-la e utilizá-la em seu próprio favor. E questionou se estes nunca haviam feito a mesma coisa com seus pais ou colegas, estes pareceram se identificar com o assunto e alguns emitiram comentários e fizeram pequenos relatos, alguns com um certo tom de ironia e um ar de hilaridade.
A apresentação foi agradável, mas podemos constatar que os adolescentes são um tanto dispersos e demasiadamente sonolentos, não adianta falar por mais de 5 minutos porque estes parecem ignorar o que fora dito no inicio. Porém, caso o assunto esteja diretamente ligado a suas experiências e a forma de abordá-lo de margem para alguma discução isso os chama um pouco mais a atenção. Parece que eles têm medo de dizer o que pensam, talvez por não saberem o que pensam, por medo de represaria ou ironização do que vierem a dizer.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O SER HUMANO E A LINGUAGEM, em uma abordagem filosófica


A linguagem sempre foi alvo de estudo dentro da Filosofia. Podemos destacar alguns momentos em que foi uma temática vigente: No Século I a.c com os Estóicos; no século terceiro da era Cristã,com Santo Agostinho ,na era moderna com Port-Royal(com preocupação mais com a gramática),Locke e Hobbes.
• Com os Estóicos uma teoria sobre uma linguagem mais elaborada foi criada. A mente, seria o lugar onde as informações são depositadas; informações estas que por sua vez são captadas através dos sentidos, de analogias concebidas através das mesmas informações e através das experiências vivenciadas pelo transcorrer da vida.
Essas informações serviriam para a elaboração de conceitos; para verbalizar pensamentos, para dar significação. No processo de significação que há dentro da linguagem; existem três elementos: O significado, o signo e a coisa. O significado é o que é expresso pelo signo que é um símbolo, como a palavra, por exemplo, já a coisa é a própria coisa ao qual se refere pelo significado através de um símbolo.
Umberto Eco (escritor da obra: O Nome da Rosa, filósofo e lingüista, mundialmente reconhecido, italiano.) diz que a relação entre a expressão de uma idéia, aquilo que ela traz consigo e a referência da coisa já havia sido tratada por Platão e Aristóteles em seus trabalhos, mas que só encontrou uma estruturação mais elaborada e bem acabada, dentro do estoicismo. Para eles a palavra deve estar relacionada com algo que lhe dê significado, que possa tornar algo abstrato, comunicável.
Outro que deu uma contribuição de grande valia, em se tratando de significação foi Santo Agostinho que em sua obra, de Magistro, ele trata do tema da linguagem. Para ele a linguagem serve para ensinar, relembrar serve para dar 'voz' aos pensamentos. Ele entende a linguagem de vários modos, a linguagem corporal, Linguagem mental, Linguagem verbal. Quando a linguagem verbal não é suficiente para explicar alguma coisa, ou fato que é abstrato, se recorre ao gestual (quando se fala em andar e a pessoa não entende o que é andar, a pessoa anda para demonstrar o que é andar, se penteia para ensinar, por exemplo, o que é se pentear, normalmente é utilizada para se educar crianças que estão em pleno desenvolvimento).A linguagem verbal ,pode ser a falada e escrita ,acompanhada da gramática .A linguagem mental é aquela que se constitui pela articulação do pensamento ,que precede a verbalização falada.
Agostinho restringe a linguagem á referência, sem o qual,o significado é vazio,a linguagem deve transmitir pensamentos sobre alguma coisa,para Agostinho o que importa é conhecer a "coisa",não as palavras.
Ele contribuiu com suas análises para o campo lingüístico. Como o objetivo do pensador Cristão é chegar ao conhecimento de Deus, algo como a linguagem humana é um instrumento limitado e precário, algo transcendental deve ser tratado mais transcendentalmente possível.
Para Santo Agostinho o conhecimento não vem das palavras que significam os objetos, mas dos próprios objetos... Elas, as palavras só são um meio...
Para Port-Royal, a língua é um sistema de signos. É um meio pelo quais as idéias se ligam aos objetos. Para traduzir os pensamentos e as operações lógicas da mente, as palavras em forma de sons articulados e distintos cumprem a função de dizer o que se passa pela mente, as operações lógicas, concepções, juízos, o raciocinar. Os signos é uma criação humana. À gramática cabe expor as essências das idéias, através dos signos verbalizados. A fala une o campo sensível, dado através do som e o campo inteligível, pois as operações mentais se dão por operações constituídas por preposições compostas de sujeito e predicado. O que concebe e o que é concebido.
Locke foi um empirista, considera a linguagem desprezada por Descartes que se preocupou mais com os processos operacionais da mente. Locke define a linguagem como aquilo que é próprio apenas do homem. A linguagem existe para expressar e transmitir os pensamentos pelos sinais através dos sons da fala, sinais de idéias contidas na mente. Pensamentos sobre idéias obtidas pela experiência dada aos sentidos que só são conhecidas a partir do momento em que são expressas por sinais.
As relações entre idéias e signos não foi a mesma em todos os povos, isso possibilitou a criação de várias línguas.
As línguas, ou melhor, as palavras ditas devem ter referências, para poderem ter significados. O significado permite a compreensão de uma idéia apreendida, Só se pode entender aquilo a que se pode fazer referências. Para Locke o significado expressa uma idéia que provém da experiência, o que não permite a mente ser apenas uma tabula rasa.
Na mesma vertente, Hobbes um nominalista, analisa a linguagem como sendo a mais útil criação humana, constada de nomes e ligações que servem para transmitir as idéias provindas das operações da mente, Ainda no século XVII, afirma quem sem a linguagem não existiria no meio humano, nem paz nem sociedade, com suas leis e toda sua estrutura. Os sinais servem para registrar, aconselhar, expressar vontades, agradar. Mas pode ser usada para cometer abusos, quando usada para mentir, ofender ou fazer metáforas ardilosas. Hobbes afirma que o que existe não são idéias ou conceitos, mas coisas nomeadas, particularmente ou universalmente. Ser verdadeira ou falsa cabe não à coisa, mas à linguagem utilizada para referi-la. Deve-se levar em consideração a maneira de se tratar uma coisa pelo uso da linguagem. Até meados do século XIX, o que preocupou os pensadores da Filosofia foi a questão do conhecimento em si, a questão metafísica do ser, e não a linguagem que a descreveria .Essa preocupação é de cunho filosófico atual .
Saussure afirma que a imagem acústica do som não é o mesmo em si, mas sua impressão no psíquico, tanto que se pode manter uma comunicação ,consigo mesmo, sem se pronunciar um som sequer, São imagens compostas de conceitos, abstratos, juntos formam os signos, seu conceito significado, a imagem produzida significante.
Segundo o lingüista Suíço, Saussure, diferente do que o Cartesianismo propôs a linguagem não é um simples conjunto de sinais, um meio de se traduzir os processos mentais. É ao contrário, através de toda sua estrutura, responsável por sintetizar a realidade (como diria Kant).
A relação de signo e realidade, segundo o próprio Saussure, não pode ser trabalhada pela lingüística, ela é papel da Filosofia, lingüística é uma ciência acerca do sistema, da estrutura da língua, das suas regras. A preocupação com a coisa em si dura até a época de Kant.
Para Kant a coisa em si não é cognoscível, o que se dá a conhecer, são seus fenômenos dados pelos meios sensíveis.
Hoje, no entanto, se pensa que sem a linguagem, sem nenhuma codificação da realidade, esta mesma, seria incompreensível. Até a mais simples intervenção do homem no mundo seria impensado. Pode-se então dizer que falar é relacionar signos, se utilizar de sentenças que possam referir os fatos do mundo que são moldados pela linguagem para uma possível compreensão.
Ao se tratar do problema das referências, Wittgeinstein, cita Santo Agostinho para dizer que as palavras servem para denominar objetos, o que para o mesmo não passa de um jogo de linguagem. Só os nomes podem denotar algo simples, Wittgeinstein afirma que a significação das palavras independe da existência da coisa designada. O significado vem das combinações com outros signos na proposição. No seu trabalho Tractatus, dizia que nomes designam elementos da realidade que permanecem e que significar é diferente de se referir ou nomear. Já nas Investigações, afirma que ter significação não depende do uso especifico da para ser referido não é necessário que exista na realidade. Mas no que tange a nomear continua na mesma, para se nomear é necessário um contato prévio com os objetos designados.
O problema em Wittgeinstein não é resolver o problema da linguagem no que tange a denotação, mas o que fazer quando o nome não possui uma referência. Tal problema resolve-se pela terapia feita ao uso normal da linguagem, a significação na linguagem é feita pelo uso da palavra na mesma.
Para o austríaco, a linguagem não é nomeação, não tem a função de se fazer dizer cada coisa no mundo. Todo problema da filosofia baseada nas analises de preposições é o de dar nomes.A linguagem não se restringe,como já foi mencionado antes,a isso,são apenas algumas faces da linguagem.Trabalha com o modelo de linguagem coloquial,cheia de enunciados ditos em situação normal de fala.
Há aqueles que como Strawson (o filosofo inglês, Peter Frederick Strawson, associado ao movimento da linguagem) não concordam com Wittgeinstein, que a linguagem é trabalhada terapeuticamente pela filosofia, que deixa tudo na mesma, concordando que Bertrand Russell, superou a falácia de ser impossível falar de algo ou alguém que não exista.
Quem o acompanhou foi Searle (um professor americano, lingüista e dedicado a filosofia da linguagem, posteriormente se dedicou a linguagem da mente),a referencia é um ato da fala ,segue Russell ao mostrar que a expressão que se define pelo sujeito lógico não é o sujeito gramatical,não implica o referente ,então o axioma( preposição ou sentença que não é demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria)da existência não se aplica.Por esse axioma,se uma pessoa que se refere ao objeto falado é porque pode identifica-lo ao interlocutor ,se for necessário,excluindo assim,todos os outros objetos.Há comunicação apenas quando se indica fatos conhecidos do relator que mantém uma relação com o objeto referido.Para Searle os fatos não são combinação de objetos nomeados .Há muitas outras questões quanto a linguagem ,tratados por diversos pensadores que se constituiriam em muitos extensos para serem tratados neste presente trabalho .Como a pesquisa não está com o intuito de se aprofundar em todos os seus conceitos ,nos detivemos apenas em alguns dos pensadores que se mantiveram ocupados com o tema...
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Edith Stein




EDITH STEIN E A FORMAÇÃO HUMANA

EDITH STEIN (12/10/1891 à 09/08/ 1942) – Grande intelectual, que teve uma trajetória de vida extraordinária. Passando do judaísmo ao agnosticismo, depois ao cristianismo e enfim á vida contemplativa, como carmelita descalça no Carmelo de Colônia, de onde saiu para um holocausto, junto aos seus compatriotas nos campos de concentração de Auschuwitz.

Edith possui uma grande personalidade, que merece ser conhecida, sendo uma mulher intelectualmente brilhante, partindo da fenomenologia de Husserl e da filosofia se santo Tomás, produziu com sua doutrina, grande admiração no mundo cultural de seu tempo, e continua despertando o interesse de muito estudiosos nos dias de hoje.

As obras de Edith Stein abordam temas de cara ter filosófico, teológicos e pedagógicos.
Vamos nos deter a algum fragmento de sue pensamento pedagógico sobre a formação do ser humano, sua grande preocupação, principalmente no que se refere à formação da mulher.
Uma de suas grandes metas foi compreender a mulher, as peculiaridades de sua formação, e a importância destas na formação dos jovens. na formação humana.

EDITH PROPÕE O SEGUINTE IDEAL AOS EDUCADORES:
Uma verdadeira obra formativa só pode ser realizada por quem é verdadeiramente formado, ou seja, um professor é também um formador, e para isso é preciso que tenha suficiente maturidade, que busque uma formação contínua para melhor desempenhar seu papel de educador.

SUJEITO DA FORMAÇÃO
Quando estuda o sujeito da formação, Edith dá grande destaque a fatores psicológicos, baseando-se principalmente nas obras de O. Lipmann. No entanto, não deixa de destacar sua própria opinião. Insiste que uma psicologia deve desembocar sempre em uma antropologia, ou seja, valorizando o homem em todas as suas dimensões.

Toda doutrina da educação de um pedagogo, depende do valor de sua concepção de ser humano.
Para Edith Stein, a palavra formação tem uma dupla definição: indica um estado e um processo.
Formação como um estado – refere-se à formação pessoal como principio regulativo de vida. Estado ao qual se tende, se almeja, ou seja, nunca acabado.
Estado possível de um homem, e sua tarefa perante essa realidade. Refere-se à questão entre ser e dever ser, questão ontológica.

Formação como processo – entende aquele desenvolvimento no qual o homem conquista uma figura e uma e uma forma, uma precisa identidade. Nesse sentido é sinônimo de educação, sendo importante esclarecer que educação se dirige a um outro, a um tu. Já a cultura, no sentido, de formação, se refere ao próprio eu.

A formação é, desta forma, um produto a educação, o ensinamento é uma ajuda à formação da pessoa.
A formação, entendida como processo, é a motivação que impulsiona juntos, educação e ensinamento.
A verdadeira didática deve dar solução ao problema de como chegar à unidade entre ensinamento e educação para se obter uma formação autentica.
Desta forma, Edith Stein apresenta a formação como um processo em que as potencialidades da alma são plasmadas numa estrutura prevista, num continuo crescimento, algo que está sempre se desenrolando.

Ex: ela compara a formação humana com a formação de uma planta:
Cada ser humano trás em si energias básicas. Disposições da própria alma que como semente precisa desenvolver-se. Não se trata de matéria inerte, sem vida, como argila na mão do artista ou pedra sujeita aos influxos da natureza. “trata-se de uma raiz vital que tem em si as energias (forma interior) para desenvolver-se numa determinada direção, justamente aquela na qual crescerá e maturará a figura perfeita, o quadro completo que brota da semente”.

O ponto principal para a formação humana são as disposições já existentes no sujeito, que jamais está acabado, que é formidável, porém livre, capaz de colaborar na própria formação como agente principal. O mestre, buscando também sua formação, é apena um mediador, no processo de formação do individuo.

“o homem é chamado a viver em seu intimo, tomando em suas mãos a direção de si mesmo, e na medida do possível agir a partir daí.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ASPECTOS DA EXISTENCIA HUMANA: O MAL E A FELICIDADE EM SANTO AGOSTINHO


ASPECTOS DA EXISTENCIA HUMANA: O MAL E A FELICIDADE EM SANTO AGOSTINHO

Entre a Antiguidade e o Renascimento o mundo passou por um período intitulado Idade Média, considerado por alguns como o período das trevas,baseado na fé detrimento da razão, título pejorativo muito empregado para designar a rigidez e o autoritarismo da época. Para outros a Idade Média não foi assim tão nefasta:Muitos pesquisadores da Idade Média a consideram um período de ‘mil anos de crescimento’,já que entre muitos feitos desse período pode-se citar o das principais colegios ligados aos conventos e mosteiros até das primeiras universidades comandadas pela igreja e a divisão das áreas do tal como até hoje.
É nesse período também que surgem alguns dos principais filósofos, ícones de seu tempo que nos dias atuais se fazem pertinentes, devido a grande contribuição ao conhecimento acumulado historicamente.
A questão religiosa na Idade Média foi o escopo de boa parte da história. A Igreja, afetada pelo dualismo que remonta a Platão, então diz a validade no conflito entre sofrer e agir, Deus e Satanás, a salvação ou mal eterno. O mal era corpo( aos inexistente) moral quanto físico e isso leva ao sofrimento . Por isso a sociedade medieval foi marcada pelo medo do pecado, entre a apreensão do bem transcendente que vem de Deus e o mal do fazer humano.
Santo Agostinho foi um dos grandes pensadores desse período. Influenciado pela filosofia helenística,pela via de Platão e Plotino, pelo ceticismo e o estoicismo e mais tarde convertido ao cristianismo, mostrou-se muitas vezes à frente de seu tempo, apesar de seu envolvimento nas controvérsias teológicas de sua época, contribuindo muitas vezes para lhes dar forma. Seus estudos sobre o bem e o mal foram a base para posteriores teorias, contribuindo assim para uma nova forma de compriender Deus, sua criação e entrada do mal no mundo.

O PREÇO DO MAL E DA FELICIDADE.

Antes de aderir fielmente ao cristianismo, Agostinho foi muito envolvido pelos Maniqueus que “sustentavam que Deus falava diretamente à alma, através de sua Palavra, iluminando-a de tal sorte que os iluminados podiam vê-lo”. (EVANS, 1995,p.23). O autor do livro para a seita manequeista,havia uma separação irreconsiliavel entre o bem eo mal:,dado que o bemé associado à alma ,e o mal à matéria,ao corpo.


Durante muito tempo Agostinho tornou-se um ouvinte da teoria maniqueísta, já que os mesmos, na época ofereciam a ele uma resposta razoável ao problema que já o intrigava: o problema do mal. Agostinho também atribui sua união aos maniqueístas ao seu puritanismo juvenil, a sua vaidade intelectual, como fala Evans:


Vê-se de maneira muito clara a atração principal que tiveram os maniqueus sobre ele. Apelaram à sua vaidade intelectual. Sendo seita austera, e até obscurantista ofereceram-lhe um meio de mostrar que ele era diferente do tipo comum; ofereceram-lhe também um caminho que não exigia dele atribuir autoridade a quem quer que fosse: deram-lhe a satisfação de que ele tinha encontrado e sustentado a solução por sua própria perspicácia. (EVANS, pág.31, 1995).


Foi o encontro com o bispo dos maniqueus que fez Agostinho desencantar-se com a seita, sendo que o bispo mostrou-se incapaz de fornecer respostas para as indagações de Agostinho, como ele próprio explica:

Apliquei, então, energicamente as minhas faculdades críticas para ver se de alguma forma poderia, com argumentos decisivos, provar que os maniqueístas estavam errados. Se a minha inteligência pudesse conceber uma substância espiritual, imediatamente se apagariam e seriam extirpadas de minha alma todas aquelas invenções.Mas não podia. Entretanto, quanto mais meditava, avaliando e comparando as teorias acerca do mundo físico e de toda a ordem natural acessível aos sentidos do corpo, mais e mais me convenci de que numerosos filósofos sustentavam opiniões muito mais prováveis que as deles. (AGOSTINHO, pág.14, 1986).


No entanto este fato não o destituiu da busca de entender o problema do bem e do mal.Influencido pelos estóicos..
Agostinho passou a observar mais a fundo sua alma e descobriu uma grande complexidade, fato que não recebia explicação pela teoria maniquéia. Deu-se conta de que sua razão também era insuficiente para alcançar a verdade que buscava, entristeceu-se e passou a pedir ajuda divina para suas indagações, (EVANS.1995.pg.34). Assim Agostinho começa a converter-se a fé cristã.
O mal, detectado ainda em sua infância e juventude libertina e nos preceitos maniqueístas, seria explicado agora através de outros olhares, de outras experiências. Para tanto obteve ajuda de Ambrósio “o príncipe unificador” (EVANS.1995,pg.40), de sua convivência com Santo Ambrósio, coube-lhe a experiência de aprender mais da verdade que tanto buscava. Segundo Evans:

Ambrósio foi capaz de ligar o conhecimento de Agostinho dos filósofos com o ensinamento da Escritura.
...ofereceu a Agostinho um relato da criação do mundo em que se uniam filosofia e cristianismo.
...Á luz do que Ambrósio era capaz de dizer sobre estes assuntos, o cristianismo não mais pareceu a Agostinho ser credo para simplórios. Tornou-se-lhe o sistema dos sistemas... e ajudou-o na solução do problema do mal.(EVANS, 1995, pág.40/41).

Ao tornar-se cristão Agostinho não se afasta da filosofia, afinal ser filósofo é ser amante da sabedoria, é buscá-la a qualquer preço. Como cristão e filósofo Agostinho adere-se a escola platônica, pois acreditava ser a mais próxima da verdade cristã. (EVANS, 1995). Afinal:

Se a sabedoria é o próprio Deus, então o filósofo é amante de Deus, mas nem todos os filósofos são amantes da verdadeira sabedoria, e, sendo assim, devemos selecionar aqueles cuja compreensão do que buscam seja a mais próxima da verdade cristã. (EVANS, pág. 46, 1995).


Abandonando os pressupostos do materialismo filosófico, reforçado pela união ao maniqueísmo, Agostinho volta-se para o Problema do Mal, já que visão maniqueísta do mal, como uma conseqüência do estado de guerra entre o Princípio das Trevas e o Princípio de Luz não lhe satisfazia. Fosse pelos sermões de Ambrósio ou por sua própria leitura e interpretação, ouviu que “o livre-arbítrio da vontade é a razão pela qual praticamos o mal e sofremos a justa punição [imposta por Deus]” (MÄRZ, 1987, pág. 24). Contudo, ele dizia que não conseguia entender essa idéia. Agostinho perguntava-se:

Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é não só bom, mas a suprema Bondade? Donde me veio, então, o impulso para querer o mal e não querer o bem? Seria para fornecer uma razão que justifique o fato de eu sofrer uma punição?... Se for o diabo o responsável, donde foi que ele veio? E se, por uma decisão de sua vontade perversa, se transformou de anjo bom que era em diabo, qual é a origem dessa vontade má que dele fez um diabo, quando um anjo é inteiramente obra de um Criador que é pura bondade?” (AGOSTINHO, VIII, cap. V, 1955)

Foi a leitura dos neoplatônicos que auxiliou Agostinho a ordenar seus pensamentos e idéias no que se refere à fé cristão e a visão de Deus. Contrapondo alguns princípios da fé cristã, com aspectos de seu modo de pensar, conseguiu entender melhor essa ligação, como fala Evans:

Agostinho vê a Deus como Ser (que é também o Uno). Plotino pensa de Deus como o Uno que está acima do Ser. Apesar da diferença fundamental que isso implica no cerne dos dois sistemas, Plotino ajudou Agostinho a perceber mais claramente a transcendência de Deus por sua ênfase na terrível distância do uno. (EVANS,1995, pág. 55).


A argumentação de Agostinho segue considerando que, naturalmente, o mal não provém de Deus, pois um Ser supremo, que criou o mundo do nada, que deu vida a todos os seres, que é infinitamente bom como pode ter criado o mal? O mal ocorre quando as criaturas se afastam da existência, ou seja, o mal não existe propriamente, mas é um não-ser. Tudo é verdadeiro enquanto existe e a falsidade só ocorre quando se toma por existente o não existente. Mesmo as coisas que se corrompem são boas em algumas partes, pois não haveria o que se corromper se fossem totalmente más. Porém, não são como Deus, absolutamente boas, pois se assim fosse seriam incorruptíveis. (AGOSTINHO, VII, cap. 11).
Para Agostinho apenas uma criatura dotada de mente, que utiliza a razão pode agir contra o bem e praticar o mal. Assim a fonte do mal encontra-se na vontade racional, sendo o homem livre para escolher entre o bem e o mal.

Em a Cidade de Deus, Agostinho frisa que a natureza de todos os anjos era igual quando foram criados. As propensões dos anjos bons e maus não surgiram de alguma diferença em suas naturezas, mas da diferença na direção em que usaram suas vontades. Os anjos maus diferem dos bons não por natureza, mas por culpa. (EVANS, 1995, pág. 145)



Dessa forma Agostinho explana que Deus concede a sua criatura usufruir livremente da terra. Para tanto cria o homem a sua imagem e semelhança, essa semelhança é a razão. Deus, conhecedor de todas as coisas, possui a razão infinita. Mas o homem tem sua razão corrompida, e distante da divina. O homem tem um "déficit moral", e por isso não consegue cumprir plenamente a sua natureza de animal racional. (MÄRZ, 1987).
O ponto fundamental para se entender o problema do mal se encontra no pecado original. Adão tinha sua perfeição no paraíso até comer do fruto proibido. O homem vivia no seio da natureza livre de qualquer imperfeição. Para Adão e Eva nada foi negado, nem mesmo o direito de escolher, pelo contrário foram seres abençoados por Deus. Ao deixar-se seduzir pela serpente Eva infringe o único mandamento deixado por Deus, não comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal. A partir de então, ciente do que venha a ser o mal e o bem, pode escolher entre um e outro, tem sua liberdade e com isso pode afastar-se do Bem do Supremo Ser.
Para Agostinho, liberdade seria a capacidade consciente que tem o espírito de querer e procurar acima de tudo o Bem absoluto e perfeito, do modo que este se lhe apresente, e nunca preferindo nada contrário. Aquele que assim age, tem a iluminação de Deus, que do alto, abarca a todos aqueles que o invocam com um olhar. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
O pecado da humanidade tem então sua causa específica: o livre-arbítrio. Pela perversão da vontade o homem escolhe a privação do ser. Este quadro só encontra redenção em Jesus Cristo, o mediador entre Deus e os homens. O cristão tem de aceitar pela fé o mistério da Trindade, que Jesus Cristo é o verbo encarnado, vindo ao mundo terreno e morto pelos homens, para redimir a humanidade. É preciso, pois, que o homem tenha fé, e acredite em algo além de si e do mundo que vê. É preciso crer em algo invisível. (NOVAES, p34). Sobre esse assunto explana Evans:

O mal mudou os homens tão radicalmente que eles se tornaram mortais. Ele arruinou os anjos que caíram. Deve ser temido porque distorce as boas criaturas de Deus, deixando soltos no mundo seres prejudicados que são ativamente malevolentes, exercendo suas vontades para o mal com terrível energia, fazendo o negativo parecer positivo pela força de seus desejos. Devemos, portanto, temer, não uma abstração, mas a terrível “treva angélica” , treva personificada, as criaturas mais brilhantes privadas da luz e visando destruição.(EVANS, 1995, pág. 150).


Agostinho diz que o homem, antes do pecado original foi feliz. Ainda há resquícios desta felicidade. A partir do momento que o homem passa a buscar Deus a felicidade poderá ser alcançada, é apenas através dele que o homem atingirá a verdadeira felicidade. Como diz Agostinho, "Tarde Vos Amei, Senhor", pois sem que ele o soubesse, Deus sempre esteve presente em sua vida, e sua desesperança só teve fim quando retornou à Deus, ou quando se lembrou de Deus. (MÄRZ, 1987)
Com este preceito a teoria agostiniana de reminiscência afasta-se da teoria platônica, sendo que na platônica, a alma contempla as formas eternas antes de nascer, em outro mundo. Já para Agostinho a contemplação da luz divina não é uma lembrança da vivência anterior da alma, mas uma irradiação presente. Deus ilumina o intelecto com sua luz, tornando-o capaz de conhecer segundo sua ordem natural. (NOVAES, 1997).
Segundo Agostinho, todos os homens desejam ser felizes, mas a verdadeira alegria só vem de Deus. A matéria, a carne e seus apelos, podem causar confusão nos homens sobre aquilo que pode fazer, mas não aquilo que realmente quer fazer. (NOVAES, 1997). “A felicidade prove de Deus porque Deus é a verdade das coisas. Felicidade e verdade são congruentes. A verdade é uma só e Deus a sua fonte. Para Agostinho: “

A Glória deve medir-se pela aprovação de Deus, e não pela aprovação dos homens, e não se pode ter em sua plenitude nesta vida. Estes dois princípios tornaram-se fundamentais para a visão de Agostinho da felicidade. Aprendeu a medi-la não por medida humana, mas divina, e a não esperar gozar plenamente dela do lado de cá do céu.
...uma mente infeliz é a mente a que falta algo...ser feliz é estar longe da “insensatez’. Ser feliz é ser sábio. Ser feliz é buscar a sabedoria. Ser feliz é buscar a verdade. Ser feliz é buscar a Cristo. (EVANS, 1995, pág.224/225).


Ou como diz em Diálogo sobre a Felicidade:


(..) E, de igual modo, mesmo que Deus nos ajude, ainda não somos sábios nem felizes. Assim, a plena saciedade das almas, a vida feliz, consiste em conhecer com perfeita piedade quem nos guia para a verdade, que verdade fruir, e através de quê nos unimos com a suprema medida. Banidas as várias superstições da vaidade, estas três coisas revelam-nos a compreensão de um só Deus e de uma só substância. (CARVALHO, S/D, pág. 87).

A felicidade na Terra encontra-se na forma correta de usar o livre-arbítrio, generosamente concedido por Deus. Fazendo bom uso dele o homem viverá em paz, sabedor de alcançar a graça divina. Para encontrar a verdade, precisa purificar sua alma, livrando-se principalmente do orgulho e da soberba, das comoções da carne, seguindo exemplo de Jesus Cristo que morreu para salvar o homem do pecado original.
Na obra, Diálogo sobre a Felicidade, Agostinho explana muito bem o que o ser humano deve fazer para alcançar a felicidade. Segundo ele, é ímpar buscá-la nas coisas permanentes, absolutas, e não nas incertezas, nas coisas que dependem das circunstâncias, do acaso. (CARVALHO, S/D). Haja vista que as coisas que vem ao acaso perdem-se com facilidade trazendo a infelicidade ao seu portador, ao contrário, aquele baseia sua felicidade em algo permanente, que não se acaba, esse sim será feliz. Assim diz Agostinho:

Ora, as coisas que dependem das circunstâncias do acaso podem perder-se, daí que quem as ama e as possui não pode, de modo nenhum, ser feliz.
...—Mas não te parece — perguntei-lhe eu —, que é feliz aquele que vive na abundância e cercado de todas essas coisas, mas impõe um limite ao seu desejo e que satisfeito com elas, as goza de forma mais completa, conveniente e agradável?
...Portanto, não duvidamos de nenhum modo que quem determina ser feliz deve adquirir o que é sempre permanente e não pode ser destruído por nenhum revés da fortuna. (CARVALHO, S/D, pág. 41/43).

Através dos estudos de Agostinho sobre a felicidade e da busca do problema do bem e do mal, confirma-se sua grandiosa fé em Deus. A conclusão de Agostinho para viver bem e alcanças a felicidade está na busca da sabedoria, mas só a encontrará quem buscá-la em Deus. Deus é o único meio de se chegar à felicidade.
Ao homem cabe viver dentro dos preceitos éticos, seguindo as determinações de Deus e principalmente descobrir em Cristo o meio para se chegar a Deus e adquirir a graça de ser feliz. (CARVALHO, S/D).
As idéias de Agostinho fundem-se com os ideais do cristianismo, sendo que para Agostinho a verdade e a felicidade só podem ser encontradas em Deus. Na visão de Agostinho Deus concedeu ao homem o livre-arbítrio para decidir voluntariamente pelo bem, não o obrigando a fazer o bem. Ao agir contrariamente ao bem o homem dá origem ao mal. Assim Deus é eximido de toda a culpa de o mal ter tomado lugar no mundo. Comprova-se pela teoria de Agostinho que Deus é um ser de infinita bondade, sendo assim seria impossível ter partido dele o mal existente.
Esse paradigma criado por Agostinho comprova também a contestação agostiniana referente as idéias maniquéias, sendo que os maniqueus pregavam o dualismo entre o bem e o mal, ou seja, Deus caracteriza-se pelo bem e o mal é personificado por Satanás. Santo Agostinho propõe uma visão contrária; só há um princípio, Deus – o Sumo Bem. Enquanto para os maniqueus o homem já nasce bom ou mau, para Agostinho ele é sempre um bem, que torna-se mau quando contraria o bem pelo uso do livre-arbítrio.
Portanto, para Agostinho não existe um ser superior, divino ou não, que faz com que o mal aconteça no mundo. O mal está nas mãos do próprio homem que, não fazendo o bem, deixa-o nascer e tomar forma.
Mesmo o livre-arbítrio sendo o responsável pela aparição do mal, Agostinho o defende como um bem supremo doado aos homens pela graça divina. Ao tornar o homem livre para agir conforme sua vontade Deus mostra mais claramente sua bondade e seu amor para com os homens. É através do ato de seguir a Deus livremente que o homem pode alcançar a verdadeira felicidade.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O PORTEIRO DA NOITE...


O porteiro da noiteTítulo Original: Il Portiere di Notte Gênero: DramaTempo de Duração: 117 minutos Ano de Lançamento (Itália): 1974Estúdio: Lotar Film Productions / Italonegglio CinematográficoDireção: Liliana CavaniO filme se passa há um pouco mais de 12 anos após o final da 2ª guerra mundial. Lucia Atherton, que fora prisioneira do sócio-nacionalismo de Hitler, encontra Maximilian Theo Aldorfer, o solda da SS que a torturava. Quando Lucia começa a relembrar tudo o que passava nas mãos da SS, desejos sexuais envolvendo o seu torturador começam a surpreendê-la. A trama se desenrola em uma busca insaciável pelo prazer, mostrando bem a condição de confusão em que estamos quando desejamos.A psicanálise sempre enxergou no homem um animal que responde a estímulos sexuais (lembrando que para Freud a sexualidade não necessariamente está ligada com as genitálias.), buscando incessantemente saciar estes impulsos, ou estes desejos representados pela pulsão de vida.Se olharmos para o filme sob a luz dos conceitos psicanalíticos, perceberemos uma abordagem inteligente no que tange à questão dos desejos, pois os dois protagonistas inconseqüentemente se rendem às suas paixões ou a seus impulsos sexuais passando assim a viverem dentro de um misto de paixão e dor. Por mais que as lembranças do passado suscitassem sofrimento, os personagens as reavivam por se sentirem dependentes daquela experiência, fator determinante na vida deles. Um caso desse pode nos repugnar em um primeiro momento, mas quando pensamos em um contexto de guerra, notaremos o possível prejuízo psicológico gerado pela dor e o sofrimento presente neste contexto.O filme acaba de maneira drástica, com a morte dos dois personagens principais. Neste ponto, podemos notar a importância da tradição filosófica quando pensava em um bem estar do homem perante a sua condição de existente. Se nos entregarmos loucamente à roda incessante dos desejos, ficaremos doentes.

MORRER POR UMA VERDADE...A VIDA DAVID GALE.

David Gale é professor, advogado e também um ativista contra a pena de morte. Porém, ele próprio acaba sendo condenado a fatal punição, quando é acusado falsamente de estuprar e assassinar uma colega. O caso chama a atenção de uma jornalista, que decide investigar o passado de Gale e questionar o sistema judicial que o condenou. Ela começa a se aprofundar na investigação e além de se apaixonar por ele, descobre que ele é inocente.
A pena de morte é um dos assuntos mais polêmicos e controversos discutidos pela humanidade até os dias de hoje. A discussão, fervorosa por vezes, pode ser travada por questões como os direitos humanos, a crueldade ou não com relação aos diversos métodos aplicados para dar cabo da vida de um ser humano — cadeira elétrica, injeções letais, pelotão de fuzilamento, etc. ou observando-se o lado religioso, devido ao direito ou não de um ser humano tirar a vida de outra pessoa.
O filme aborda justamente este tema controverso, utilizando como pano de fundo o estado americano do Texas, local onde, nos Estados Unidos, existe a maior taxa de execuções de pena de morte: Desde 1976, quando a pena de morte foi retomada,logo já foram executados muitas pessoas. O Texas possui o maior sistema penitenciário dos Estados Unidos, com mais de 150.000 presos atrás das grades. Somente na cidade, apelidada macabramente de Capital Americana da Morte, devido a ser local onde todas as execuções texanas acontecem, existem 9 prisões estaduais.
Confesso que a história, que a princípio achei que não fosse ser boa, acabou me prendendo. Mesclando a vida de David Galé — inteiramente fictícia — com fatos reais, como a rotina de um condenado à morte, bem como seu tratamento horas antes da execução, quando tem o direito a fazer um único pedido, bem como a receber cuidados religiosos, o diretor da história, Alan Parker, conseguiu fazer inclusive, na minha opinião, uma espécie de documentário a respeito deste tema tão capaz de dividir a opinião pública. Os extras do DVD trazem inclusive um documentário a respeito do assunto: Nele são entrevistados diretores de penitenciárias, e a rotina policial texana é abordada: Por mais que possa parecer cruel, os policiais texanos estão contentes por cumprirem seu dever, o de cumprir a lei do Texas. Se você ainda não viu o filme, está perdendo tempo.

O BELO EM IMANUEL KANT

O aluno de mestrado Luciano Ezequiel Kaminski, apresentou em sala uma dúvida sobre sua monografia. Ele desenvolve em Kant,o Belo como símbolo da moralidade.Para explicar o pensamento do filosofo, o aluno mestrado Luciano, produz uma linha de raciocínio para explicar os meios e os materiais utilizados para alcançar a suposta resposta de seu questionamento. Inicia sua explicação apontando a filosofia transcendental kantiana e a sua influência, na sua posterior afirmação. Destaca que a razão não se delimita as experiências, segundo Kant, pois eleva/transcende ao infinito. Sendo o agir moral uma consciência mediante a conseqüência da razão, com efeito, na sensibilidade. Ou seja, apresenta o símbolo como uma permissão que compreende o universo favorável. Colocando como princípio a priori o Belo como símbolo da Moral. Para Kant aborda de forma diferenciada, dividindo-a em três formas: pela substância, causalidade e reciprocidade. A analogia é uma forma de ver o que há entre causa e efeito. Já as idéias de Deus, alma, mundo, que são idéias transcendentais, pode conhecer somente pela razão, elas não permitem experiências; ao tratar de temas como esses, a analogia passa a chamar-se de heurística. ara Kant a ligação entre a faculdade cognitiva e a dimensão da sensibilidade, é a faculdade do juízo, relacionada aos sentimentos, porém, não o sentimento de ciúmes, raiva, alegria..., mas, o sentimento estético, o sentimento de prazer e desprazer que se tem.
O belo, diz Kant, "é o que agrada universalmente, sem relação com qualquer conceito". A satisfação só é estética, porém, quando gratuita e desligada de qualquer fim subjetivo,ou objetivo. O belo existe enquanto fim em si mesmo: agrada pela forma, mas não depende da atração sensível nem do conceito de utilidade ou de perfeição. No juízo estético verifica-se o acordo, a harmonia ou a síntese entre a sensibilidade e a inteligência, o particular e o geral.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Produtora:PRODUÇÃO INDEPENDENTE..Filme:Teoria Agostiniana de Iluminação



Produtora:PRODUÇÃO INDEPENDENTE.Filme:Teoria Agostiniana de Iluminação.Roteiro:O filme terá 50 minutos de duração;Inicialmente será filmado em fita VHS, e contará a teoria agostiniana de iluminação.1-Como é dado o conhecimento,segundo Santo Agostinho,pela mente humana.Será explicitado o processo da aprendizagem .2-A função da linguagem e da memória no processo cognitivo.Como a linguagem faz a ponte entre o signo e o significado e como a memória atua ao captar e armazenar as informações capturadas pelos sentidos.3-O objetivo do autor ao tratar do tema .Os materiais de apoio :Como material de apoio contarei com o livro:Confissões,de Santo Agostinho,Artigos sobre o autor,documentários sobre pesquisas realizadas na área neurológica ,etc.O filme servirá de base para atividades a serem elaboradas em um caderno , que ajudarão na fixação da matéria dada ,pelos alunos iniciantes em Filosofia.As atividades :1-Pedir para os alunos descrever os conceitos filosoficos defendidos defendidos pelo autor.objetivos :fazer o aluno compreender e identificar os conceitos defendidos pelo autor encontrando uma aplicação prática desse conceito em sua vida.2-Convidar o aluno a uma leitura de um texto ,referente ao tema do filme,de um autor contemporâneo para analisar e identificar ,nele, conceitos diferentes ou semelhantes aos tratados pelo filme.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

ENTREVISTA COM JORGE CONCEIÇÃO

A LEI MORAL E A RELIGIÃO

A pesquisa se dá na pressuposição de que a antropologia pragmática é uma antropologia moral, uma vez que demonstrada da religião racional deriva da moral pura.
Para Kant assevera que o conceito de natureza humana e o principio subjetivo do livre arbítrio.
Ele afirma que o ser humano é portador de uma natureza que não é determinada por uma essência, pelo contrario e demonstrar que podemos criar relações entre as noções de disposição, propensões, tendências, caráter e outros por meio de conceito de natureza humana.
Dentro da antropologia encontramos a mesma estrutura diferente ao conceito de natureza humana. Kant parte da seguinte pergunta é possível conhecer tanto o interior como o exterior do ser humano? Kant vai dizer que é negativo, embora não signifique a impossibilidade de um conhecimento referente ao homem.
O trabalho mostra que Kant entende a religião racional como caracterizada pó uma adesão do próprio homem, como todo o seu empenho, a lei moral. O filosofo reduz a própria religião à moral e expõe de modo simbólico os conceitos de domínio religioso diferenciando a fé da fé eclesial.
Portanto a religião racional é assinalada pela união dos homens segundo leis de virtude, que ordena a realização do supremo bem, possível no mundo como fim ultima dos seres racionais finitos. A bem, que implica o compromisso de gênero humano consigo mesmo.
Portanto, podemos corroboar que o conceito de natureza humana para Kant é um conceito huristico que tem possibilidade de articular as noções de desejo, imaginação. Em suma a tese apresenta que a simbolização ou os discursos religiosos estéticos tem a ver com a determinação do ser finito por meio de uma lei moral.

A ULTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO.


Talvez o mais polêmico filme do celebre Martim, Scorcese, a ultima tentação de Cristo nos propõe uma instigante re-. concepção da vida de cristo à luz não das suas virtudes divinas,mas das suas inconfessáveis fraquezas humanas.
Este filme tira toda a identidade de cristo, pois em todo filme transmite um homem que passa todo tempo pensando em suas vontades, como pode um Jesus, segunda pessoa da santíssima trindade conciliar duas naturezas tão contraditórias em um único corpo?Sabemos que pela parte humana ele esteve sujeito às tentações da carne, mas nem por isso o diretor Martin Scorcese poderia tomar imensas liberdades com relação ao caráter especialmente de Jesus que é exposto. É uma oposição à própria manifestação de Deus,de um Cristo que foi enviado para cumprir todo plano de Deus por amor da humanidade, dando testemunhos de obediência,humildade,castro,consciente de sua missão. Porém descreve como um dos piores vícios humanos, mentira, infidelidade prepotente.
Denota na filme um Jesus igualado a nós, confuso, inseguro, medroso em suas decisões, vitimas de seus sentimentos e vontades.
Para shopenhauer, o homem é vontade, uma vida volta às “paixões” uma força irresistível, insaciável e onipotente. Como Kant, já revelando um lado negativo,Kant veria um cristo que não obedece ao imperativo categórico,ao mandamento ou lei moral.

A PAIXÃO DE CRISTO.




“O SENHOR FEZ CAIR SOBRE ELE O PESO DOS PECADOS DE TODOS NÓS”

Analisando a paixão de cristo, de Mel Gibson, o filme, vai além do interesse teórico e mergulha no coração das diversas pessoas. Quando pensamos na paixão de cristo, a imaginamos muitas vezes,como uma coisa distante, sentimental idealizado,este filme nos mostra,pelo contrario o sofrimento de cristo em toda a sua dureza e crueldade,mostrando o fato de que a luta entre o bem e o mal, que esta na origem da paixão de cristo,foi causado pela circunstancia política que empurravam o poder romano,mas também,pecados de todos os homens,de todos os tempos.
Estamos diante da gratuidade e fidelidade diante do mistério da iniqüidade que Jesus carrega no seu corpo e na sua alma para a redenção de todos.
O sofrimento de cristo, que veio canalizar à morte, só tem sentido se for uma causa, e principalmente quando esta causa é o amor. Ele mostrou-nos que devemos amar nossos inimigos, mesmo,ser sábio o suficiente para aumentar a nossa capacidade de compreender para com todos os seres.
Contudo Mel Gibson cenifica toda a violência sanguinolenta que caiu sobre Jesus, recordando estes acontecimentos, Paulo diz: que aquele que não tenha pecado, Deus o fez pecador por nossos pecados, para que nos tornássemos justiça para Deus.
A responsabilidade e a culpa são do pecado do mundo, de todos e de cada um de nós. Esta é a verdadeira interpretação teológica de João.
Certamente o filme é um apelo desgarrado para a conversão e a vida de todos e de cada um de nós.

domingo, 30 de março de 2008

sexta-feira, 28 de março de 2008


A terapia de si mesmo pode ser vista nos trâmites da filosofia de formas muito distintas. Já na introdução do livro o professor e doutor em filosofia Daniel Omar Perez demonstra algumas vertentes filosóficas que se preocuparam em estabelecer conceitos em torno desse tema.
Para filósofos professores a terapia seria a criação de um modo de ser contra o mal estar de uma existência desagradável. Esse processo se daria sem o recurso de receituários prontos, mas sim se instalaria como propiciadora de condições para que o sujeito descubra o melhor caminho para si mesmo.
Entre os pitagóricos a contemplação, a meditação, a abstinência, as técnicas de purificação (escutar músicas suaves, sentir perfumes agradáveis...), o exame da consciência antes de dormir são exercícios de controle dos desejos, os quais seriam atitudes propedêuticas, indispensáveis para libertação da alma.
Entre os cínicos, a terapia viria como a objetivação de uma vida sem artifícios, sem mentiras, sem dono, doenças. A cura seria a conseqüência dessa vida.
Na seqüência são feitas ponderações sobre a escola de Hipocrates. Segundo essa vertente de pensamento existiam duas medicinas, uma para escravos (que tinha caráter reparatório, apenas para os manter aptos para o trabalho), e uma medicina para homens livres (que era preventiva). O médico deveria se comprometer com um caráter comunitário e conhecer a fundo a natureza do homem tendo como base a medicina e a filosofia, entendendo, assim, como o homem se relaciona com alimentos, bebidas e hábitos.
No epicurismo o modo de vida sugerido como forma de cura consistiria em um cuidado de si constante e não só em momentos de perigo e crise: conhecer tudo que diz respeito a nós mesmos independente do momento. Os membros dessa escola se afastam da política e dos cargos públicos porque essas atividades, segundo eles, não proporcionariam bem e eram vistas como contrárias ao filosofar, pois não favoreciam o caminho para o alcance da felicidade.
Para cristãos e judeus o tratamento se dava no encontro com Deus. Deve-se tratar corpo e psique através do desapego de prazeres, do livrar-se das desorientações que os desejos causam, das tristezas e dos medos. Esse tratamento se dá a partir da renúncia das vontades da vida mundana e a finalidade com isso seria a cura eterna.
Rousseau, nessa seqüência histórica, vem retomando o conhece-te a ti mesmo. Segundo ele, ao se conhecer o homem se vê em um estado de natureza e se cura das doenças. Uma vez que doença e a vida em sociedade para ele estão ligadas, seria a sociedade a causadora das doenças, e a forma de se safar dessas enfermidades seria conhecendo-se.
A ciência e as práticas terapêuticas devem ter um crivo, um cuidado com a filtração dos profissionais que trabalharão nessa área em nome da saúde pública, afinal não se pode brincar com o processo de formação de um modo de vida.
Outros filósofos clássicos tratam do tema da cura. Montaigne, Nietzsche, Wittgenstein, Sêneca, Kant, são exemplos de filósofos que trataram do tema e terão suas conclusões abordadas no decorrer do livro. Enfim, a cura é um tema muito valorizado e continua sendo atualmente entre filósofos, e deve ser tratado com o maior respeito, pois traduz a formação de modos de vida que com certeza refletirão no restante da sociedade.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Resenha do Filme O Gladiador.





O GLADIADOR


O império romano foi uns dos maiores, e mais duradouro

império da história. Foi no ano 180, que o general Máximo, servindo o seu imperador Marco Aurélio, prepara o seu exercito para impedir a invasão dos germânicos.

Durante o combate, Máximo sabendo que Marco Aurélio, já velho, ofereceu o comando do reinado Romano. Maso seu filho cômodo,filho do imperador,mata- o seu próprio pai assumindo o comando do império romano,mas cômodo não aceitando Máximo,manda o executar,mas lês não consegue e Máximo foge. Nisso Cômodos manda os seus soldados matar sua família,sua Esposa e o seu filho,torturando-o e os crucificando-os na intenção de vingança,já que ele não conseguiu matar a Máximo. Tendo ele fugido e muito ferido ele é capturado por uma tribo,e sendo vendido tornando escravo,submetendo a lutar com diversos soldados,travando batalhas sangrentas chegando a lutar no coliseu,pois era a mais nova forma que os romanos tinham para seus divertimento.

Máximo sabendo que cômodo estava no poder do império, estava ele até então disposto a vingar o assassinato de sua família, mas para isso era preciso primeiramente triunfar para ganhar a confiança da platéia, lutando por uma causa pessoal, mas de uma forma quase que solitária, levando muitos benefícios ao povo.

Mas cômodo vendo que estava sendo traído pela sua irmã, que estava a favor de Máximo,resolveu executar-lo,pessoalmente no coliseu perante o povo romano. mas no decorrer do filme maximo e cômodo se enfrentam na arena,ocorrendo assim a morte de ambos.Deixando o reinado de romo para o seu soblinho que depois de adulto reinará.

Este filme mostra-nos que o império romano não era somente uma maquina de guerra,com interesses de dominação,mas sim uma idéia ,uma luz no meio das trevas que assim mostra uma grande transparência na época.

Momento histórico se passa num período de decadência de valores,onde a corrupção não estava infiltrado no próprio Senado,e já na maioria dos governadores de Roma,já o imperador Marcus Aurélio convivia com esta realidade,mas não compactuava,por isso buscava alguém que não estivesse contaminado com o ambiente político.

Resenha Sobre o Filme Antígona



ANTÍGONA, DE SÓFOCLES.


Antígona foi filha de Édipo, que sem conhecê-los matou o pai e casou-se com a própria mãe (Jocasta), tornando-se rei de tebas. Na arte de Sófocles o destino ultrapassou os limites da vida de Édipo, trazendo assim conseqüências a sua filha Antígona.

Desgraças irreparáveis e grandes provações acontecem em toda a historia de Antígona, pesada missão que iniciou de ajudar e guiar o seu pai já cego expulsa de tebas por toda vida, em suas peregrinações, amparando-o até a sua morte. A sua ultima tragédia, das muitas já sofrida foi no combate entre os dois irmãos, Etéocles e Polinices,que submeteu pela conquista do poder em tebas,combate no qual morreu amaldiçoado por Édipo,a quem foi expulso por descobrir os seus crimes.

Seus dois filhos,combinaram a exercer o poder de forma alternada,por um ano a começar por Etéocles,porém vencendo o tempo recusou-se a entregar o trono a Polinices,que apoiado pelo reino de Argos se decreta contra Tebas.Após a morte de muitos contra a cidade de Tebas,passa a ser governado pelo cunhado de Édipo(Cleonte) que já designou uma lei pelos que morreram na guerra não fossem velado e nem sepultado por ser traidor de sua pátria .Mas Antígona desobedeceu a lei e pede pelo o seu irmão todas as honrarias fúnebres.Por desobedecer as leis preditas pelo rei,através deste ato piedoso,foi condenada a morte pelo próprio rei,sendo enterrada viva numa gruta de sua família,onde Antígona é enforcada por suicídio.O seu noivo Hémom,filho do rei ,mata-se sobre o seu cadáver enfurecido pelo crime do próprio pai.

Eurídice,esposa de Creonte,diante da perda do seu filho,desesperado chega a cometer o suicídio.Creonte não sabendo o que fazer diante de tanta dor e desgraça,pede para que a levem para longe onde ela pudesse morrer exposta ao tempo,a fim de que pela crença que acreditava nos deuses pela sua morte o acalmasse a sua ira e aplaques se a fúria do exercito inimigo,assim tebas não morresse.

Contudo todo o cenário desta historia se dá em torno de Antígona,que enfrentando sozinho o tirano Creonte,e torna o elo principal do desencadeamento do destino dirigido contra o rei por sua própria inconseqüência.É também o destino de toda cidade,que entre os dois oponentes,entre a dignidade e o medo.”Se alguém perguntar que foi Antígona “que respondam,foi aquela que morreu ante de Tebas.”

A coragem de assumir o destino....

Resenha sobre o Filme Édipo Rei.




ÉDIPO REI.

SIGINFICA: (PÉS INCHADOS)

Édipo Rei de Sófocles é uma das obras-primas mais importante da literatura. É considerada uma das maiores tragédia já escrita pelo próprio homem, escrita no século v a.c por Sófocles.

A lenda de Édipo é trabalhada pelas mãos de Sófocles que hoje ainda é lida e apreciada pela emoção. Édipo foi um rei que lutou contra as forças do destino e da fatalidade, mas é por elas derrotado e destruído.

Sófocles conduz toda a ação dramática e entrelaça os acontecimentos com admirável mestre. A história começa quando Édipo, príncipe de Corinto é insultado por um bêbado, que logo o acusa de não ser filho legitimo do Rei Políbios. Édipo perturbado recorre ao Delfos, evitando responder a sua pergunta de Édipo, e já profetizando que ele mataria o próprio pai e se casaria com a sua mãe. Com a má noticia foge para Corinto onde se esconde na cidade de Tebas. Daí para frente inicia toda tragédia,onde Édipo se depara com uma carruagem,onde estava o Arauto o seu pai verdadeiro o rei de Laios de tebas,mas nesse passar da carruagem surge um desentendimento matando a todos da carruagem incluindo o seu pai.

Após ter salvado o povo de Tebas Édipo é proclamado rei e casa-se com a viúva de laios (sua mãe).Toda historia vai além,pois meche com algo que existe nas profundezas de nosso ser,provocando sentimentos de compaixão e revoltas,e faz nós a pensar sobre a obstinação e o orgulho.

Sófacles monta em toda historia um drama provocando duas bases das crenças,relacionado com a atualidade de hoje que são a dimensão humana e divina,mas vai muito além,Édipo rei de Sófacles,coloca-nos diante de forças superiores,que mencionado anteriormente,mas também a clareza,a vitalidade e racionalidade do mundo humano grego que não é outro senão o nosso próprio.

Resenha sobre o Filme Filhos da Esperança.


FILHOS DA ESPERANÇA

O filme Filhos da esperança é baseado num romance policial, de uma autoria Britânica.
A historia do filme se dá na Inglaterra, no ano de 2027, que acontece num mundo em que a infertilidade humana é bloqueada, afetando todas as mães que desejavam de ter seus filhos, pois nos
últimos dezoito anos não nascia nenhuma criança, manifestando em todas muitas doenças atingindo grandes partes das pessoas.
A falta de capacidade reprodutiva provoca mais caos social na questão da fome, e principalmente nos governos militares agem descontroladamente em todos os paises até no Reino Unido. Vemos no desenrolar do filme uma grande falta de crianças,criavam nas pessoas uma grande carência e mais uma necessidade de um afeto de uma maternidade.
É realmente neste filme que o autor quis retratar a esperança de uma nova vida, um verdadeiro milagre, pois é no próprio filme que transparente a moça grávida represent
ando para nós à vida de todos a sua volta.
Foram muitos os momentos que me chamou a atenção, mas o que mais destacou para mim foi que a maioria das cenas tinha animais domésticos como cachorro, gato... Creio que através desta demonstração o outor quis transmitir a carência que aquele povo necessitava,necessidade esta das próprias crianças que preencheria a vida daquelas pessoas, mães,famílias.Certamente é nada mais é como um alerta para cada um de nós ,pois nos motiva a refl
exão de que como nós pessoas racionais estamos fazendo para proteger a vida seja nela no seu toldo e mais como estamos construindo um futuro,uma sociedade,que de certo modo esta sendo corrompida pela desigualdade social,onde sua maior vitimas são as crianças.
Poderemos imaginar nós representada através daquelas crianças n
o filme, num mundo que se torna inviável a uma vida futura. Precisamos ampliar o nosso leque de valorização da vida,par mundo melhor onde todos tenham os mesmos direitos.Sabemos que vivemos num mundo globalizado que só se fala em construir um futuro melhor,mas diante deste grito estamos deixando esmorecer pelas contrariedades,assim sendo nós influenciados por aspectos que ferem nossa construção de um mundo mais real.
Que nós possamos ficar incomodados semelhante aquele zumbido que o ator representado pelo Theo ouvia um ruído insuportável. É um zumbido que nos põe a despertar a n
ossa consciência, ao constatar que o mundo que acabamos de relatar através do filme, definitivamente não esta fora da nossa realidade, pois esta própria realidade que aconteceu no ano de 2027, poderá se repetir em nossos dias atuais, talvez no ano de 2009 ou até 2008 não sabemos, mas para que isso não venha a ser contido no nosso mundo basta nós fazer-nos a diferença.
Os filhos da esperança é um ótimo filme, que comove e nos desperta para uma realidade mais próxima de nossas vidas, mas principalmente para aquelas pessoas que perderam a esperança de ver uma vida valorizada com sua dignidade.