quinta-feira, 8 de maio de 2008

O PORTEIRO DA NOITE...


O porteiro da noiteTítulo Original: Il Portiere di Notte Gênero: DramaTempo de Duração: 117 minutos Ano de Lançamento (Itália): 1974Estúdio: Lotar Film Productions / Italonegglio CinematográficoDireção: Liliana CavaniO filme se passa há um pouco mais de 12 anos após o final da 2ª guerra mundial. Lucia Atherton, que fora prisioneira do sócio-nacionalismo de Hitler, encontra Maximilian Theo Aldorfer, o solda da SS que a torturava. Quando Lucia começa a relembrar tudo o que passava nas mãos da SS, desejos sexuais envolvendo o seu torturador começam a surpreendê-la. A trama se desenrola em uma busca insaciável pelo prazer, mostrando bem a condição de confusão em que estamos quando desejamos.A psicanálise sempre enxergou no homem um animal que responde a estímulos sexuais (lembrando que para Freud a sexualidade não necessariamente está ligada com as genitálias.), buscando incessantemente saciar estes impulsos, ou estes desejos representados pela pulsão de vida.Se olharmos para o filme sob a luz dos conceitos psicanalíticos, perceberemos uma abordagem inteligente no que tange à questão dos desejos, pois os dois protagonistas inconseqüentemente se rendem às suas paixões ou a seus impulsos sexuais passando assim a viverem dentro de um misto de paixão e dor. Por mais que as lembranças do passado suscitassem sofrimento, os personagens as reavivam por se sentirem dependentes daquela experiência, fator determinante na vida deles. Um caso desse pode nos repugnar em um primeiro momento, mas quando pensamos em um contexto de guerra, notaremos o possível prejuízo psicológico gerado pela dor e o sofrimento presente neste contexto.O filme acaba de maneira drástica, com a morte dos dois personagens principais. Neste ponto, podemos notar a importância da tradição filosófica quando pensava em um bem estar do homem perante a sua condição de existente. Se nos entregarmos loucamente à roda incessante dos desejos, ficaremos doentes.

MORRER POR UMA VERDADE...A VIDA DAVID GALE.

David Gale é professor, advogado e também um ativista contra a pena de morte. Porém, ele próprio acaba sendo condenado a fatal punição, quando é acusado falsamente de estuprar e assassinar uma colega. O caso chama a atenção de uma jornalista, que decide investigar o passado de Gale e questionar o sistema judicial que o condenou. Ela começa a se aprofundar na investigação e além de se apaixonar por ele, descobre que ele é inocente.
A pena de morte é um dos assuntos mais polêmicos e controversos discutidos pela humanidade até os dias de hoje. A discussão, fervorosa por vezes, pode ser travada por questões como os direitos humanos, a crueldade ou não com relação aos diversos métodos aplicados para dar cabo da vida de um ser humano — cadeira elétrica, injeções letais, pelotão de fuzilamento, etc. ou observando-se o lado religioso, devido ao direito ou não de um ser humano tirar a vida de outra pessoa.
O filme aborda justamente este tema controverso, utilizando como pano de fundo o estado americano do Texas, local onde, nos Estados Unidos, existe a maior taxa de execuções de pena de morte: Desde 1976, quando a pena de morte foi retomada,logo já foram executados muitas pessoas. O Texas possui o maior sistema penitenciário dos Estados Unidos, com mais de 150.000 presos atrás das grades. Somente na cidade, apelidada macabramente de Capital Americana da Morte, devido a ser local onde todas as execuções texanas acontecem, existem 9 prisões estaduais.
Confesso que a história, que a princípio achei que não fosse ser boa, acabou me prendendo. Mesclando a vida de David Galé — inteiramente fictícia — com fatos reais, como a rotina de um condenado à morte, bem como seu tratamento horas antes da execução, quando tem o direito a fazer um único pedido, bem como a receber cuidados religiosos, o diretor da história, Alan Parker, conseguiu fazer inclusive, na minha opinião, uma espécie de documentário a respeito deste tema tão capaz de dividir a opinião pública. Os extras do DVD trazem inclusive um documentário a respeito do assunto: Nele são entrevistados diretores de penitenciárias, e a rotina policial texana é abordada: Por mais que possa parecer cruel, os policiais texanos estão contentes por cumprirem seu dever, o de cumprir a lei do Texas. Se você ainda não viu o filme, está perdendo tempo.

O BELO EM IMANUEL KANT

O aluno de mestrado Luciano Ezequiel Kaminski, apresentou em sala uma dúvida sobre sua monografia. Ele desenvolve em Kant,o Belo como símbolo da moralidade.Para explicar o pensamento do filosofo, o aluno mestrado Luciano, produz uma linha de raciocínio para explicar os meios e os materiais utilizados para alcançar a suposta resposta de seu questionamento. Inicia sua explicação apontando a filosofia transcendental kantiana e a sua influência, na sua posterior afirmação. Destaca que a razão não se delimita as experiências, segundo Kant, pois eleva/transcende ao infinito. Sendo o agir moral uma consciência mediante a conseqüência da razão, com efeito, na sensibilidade. Ou seja, apresenta o símbolo como uma permissão que compreende o universo favorável. Colocando como princípio a priori o Belo como símbolo da Moral. Para Kant aborda de forma diferenciada, dividindo-a em três formas: pela substância, causalidade e reciprocidade. A analogia é uma forma de ver o que há entre causa e efeito. Já as idéias de Deus, alma, mundo, que são idéias transcendentais, pode conhecer somente pela razão, elas não permitem experiências; ao tratar de temas como esses, a analogia passa a chamar-se de heurística. ara Kant a ligação entre a faculdade cognitiva e a dimensão da sensibilidade, é a faculdade do juízo, relacionada aos sentimentos, porém, não o sentimento de ciúmes, raiva, alegria..., mas, o sentimento estético, o sentimento de prazer e desprazer que se tem.
O belo, diz Kant, "é o que agrada universalmente, sem relação com qualquer conceito". A satisfação só é estética, porém, quando gratuita e desligada de qualquer fim subjetivo,ou objetivo. O belo existe enquanto fim em si mesmo: agrada pela forma, mas não depende da atração sensível nem do conceito de utilidade ou de perfeição. No juízo estético verifica-se o acordo, a harmonia ou a síntese entre a sensibilidade e a inteligência, o particular e o geral.